Superbloques

2010
Luis F. Ramírez Celis
publicado em 16.02.2017
última atualização 16.02.2017

Em 2002 comecei a investigar o complexo de moradia Pruitt Igoe, demolido em 1972 por causas complexas. O edifício foi declarado por Charles Jenks como o fim da arquitetura moderna e o início do pós-modernismo na arquitetura. O resultado dessa pesquisa foi uma obra chamada Boom Boom Boom, uma heliografia de grande formato com a imagem da demolição desse...


Leia mais +

Em 2002 comecei a investigar o complexo de moradia Pruitt Igoe, demolido em 1972 por causas complexas. O edifício foi declarado por Charles Jenks como o fim da arquitetura moderna e o início do pós-modernismo na arquitetura. O resultado dessa pesquisa foi uma obra chamada Boom Boom Boom, uma heliografia de grande formato com a imagem da demolição desse complexo de moradia e escombros no chão. A partir dessa obra, trabalhei sobre as imagens do modernismo no design e na arquitetura, sobre a ideia de utopia e fracasso e a desilusão com a arquitetura, a arte, e o design como ferramentas para transformar o mundo.

 

Essa é uma peça chave que reúne muitos dos interesses recorrentes no meu trabalho, como o interesse pela arquitetura moderna e o seu cruzamento com as experiências latino-americanas, o interesse pela música popular. A obra foi ganhadora do Premio Bienal de Artes Plásticas de Bogotá, o que gerou um impulso importante no meu trabalho.

 

Meu trabalho está cruzado por interesses diversos em torno à ideia de modernidade e utopia desde 2000, tema que hoje acredito ser recorrente na produção mais recente de muitos artistas por um repentino interesse nesse período na história da arte e da arquitetura. No meu trabalho, existe uma ambiguidade não resolvida entre um sentimento de nostalgia com as ideias que quiseram melhorar o mundo através das formas de construí-lo, uma visão irônica que vê repetidos fracassos em torno a uma fé desmedida pelas tecnologias, e um convencimento de que muitas das ideias da modernidade contêm ainda um potencial inexplorado, esperando melhores tempos para seu florescimento.

 

Luis F. Ramírez Celis em depoimento à PLATAFORMA:VB (janeiro 2017)


Reduzir texto -
Dados técnicos

Superbloques, 2010 | Vídeo, 5’37"
Luis F. Ramírez Celis

Koyaanisqatsi (1982) | Godfrey Reggio

El Super Bloque | Simon Diaz

Ações VB
17º Festival
Resistir, Reexistir
Outras conexões

Evidentemente o cinema e a arquitetura do filme Koyaanisqatsi de Reggio e o conjunto Pruitt Igoe de Minoru Yamasaky, a arquitetura venezuelana modernista de Carlos Raúl Villanueva, a canção “El Superbloque” de Simón Díaz, a vida e a obra do meu tio, o arquiteto Carlos Celis Cepero, através de seus relatos, seu encontro com Le Corbusier, sua façanha modernista na Venezuela, sua colaboração com Carlos Raúl Villanueva.

Anexos

Superbloques and the Myth of the Death of Modern Architecture, por Luis Fernando Ramírez Celis (2011) [eng]

Comentários