Motherland

2011
Sherman Ong
publicado em 25.07.2013
última atualização 08.09.2014

"A série Motherland começou como parte de outro projeto chamado Ghostwalking, no qual fui convidado a reagir a um trajeto pela linha de metrô MRT, conhecida como a Linha Nordeste, em Cingapura. Ghostwalking consistia em levar os participantes a realizar roteiros de áudio ao longo de várias estações do metrô, onde era...


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"A série Motherland começou como parte de outro projeto chamado Ghostwalking, no qual fui convidado a reagir a um trajeto pela linha de metrô MRT, conhecida como a Linha Nordeste, em Cingapura. Ghostwalking consistia em levar os participantes a realizar roteiros de áudio ao longo de várias estações do metrô, onde era possível assistir alguns de meus vídeos. Fiz três vídeos para este projeto (Xiao Jing, Jesmen e Agnes), que eventualmente deram origem à série Motherland

A situação social e política de alguns lugares e países são parte importante de minha produção artística. A pesquisa incluiu notícias da internet, entrevistas com os atores envolvidos e uma intervenção dramática baseada em, ou retirada de, fatos e histórias reais. A próxima etapa foi redigir um roteiro em inglês, cuja essência os atores internalizaram e depois apresentaram em suas respectivas línguas maternas. Uma vez que o filme está pronto, as legendas somam-se à outra camada de tradução, criando um diálogo entre o diretor, o ator e o espectador. O ator torna-se um personagem composto a contar uma história pessoal que, aliada a elementos históricos, reflete a situação social e política de sua sociedade e o seu zeitgeist.

A identidade, a migração, a linguagem (e a tradução) levam a questões centrais em muitos dos meus trabalhos. Na verdade, não faço distinção entre ficção e documentário; acho que é mais fácil dizer que eu trabalho com narrativas ao invés de 'não-narrativas'.

Sempre acreditei que o cinema é a arte de ser ‘indireto’. Enquanto forma ou estrutura, o plano-sequência obriga o espectador a avaliar sua própria percepção das imagens em movimento. Se alguém mergulha na narrativa, ela impõe uma certa disciplina, quase meditativa e espiritual. Com o plano-sequência, os espectadores podem entrar e sair da narrativa do filme, caminhando por tangentes, pensando em sua própria vida ou em algo que talvez esteja fora do espaço da tela, às vezes conectada à consciência dos personagens em diversos momentos."


Sherman ong em depoimento à PLATAFORMA:VB (outubro 2013)


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Dados técnicos

Motherland (2011) | Sherman ong
Vídeo | Xiao Jing, 13’30”, estéreo, cor, 16 : 9, loop. Jesmen, 11’50”, estéreo, cor, 16 : 9, loop. Agnes, 10’15”, estéreo, cor, 16 : 9, loop. Verena, 11’10”, estéreo, cor, 16 : 9, loop

Excerto da obra Motherland (2011)

Depoimento Sherman Ong | 18º Festival

O artista malaio fala sobre os fenômenos da diáspora e da imigração, principais temas de sua obra. Segundo ele, a principal motivação daqueles que se deslocam pelo mundo é, ainda, a busca por uma vida melhor

Ações VB
18º Festival
Histórias individuais e compartilhadas de uma narrativa global
Outras conexões

Lee Kuan Yew: Race, Culture and Genes, por Michael D. Barr (Universidade de Queensland, ago. 1996). [eng]

 

On the Uncertain Nature of Cinema (By Way of the Work of Manoel de Oliveira), por Víctor Erice (2004). [eng]
 

Dead Ends, U-turns & Fresh Starts: Little Ironies of Death in Diaspora, por Verena Tay. (jul. 2011) [eng]

Anexos

Like a very fine score, por Agnès de Gouvion Saint-Cyr. [eng]

And there is more to come, por Gertjan Zuilhof. [eng]

Suggestive realms and the iconoclast, por Bridget Tracy Tan. [eng]

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