"Em Kwa baba rithi undugu, analisei em profundidade questões de raça, gênero e condição social como fonte de opressão, marginalização e, em muitos casos, uma 'ausência de voz na esfera pública'. Eu estava interessada na maneira como essa ‘ausência de voz’ pode levar alguém a...
- Dados técnicos
Kwa Baba Rithi Undugu (2010) | Rehema Chachage
Videoinstalação | 2 canais, 13’30”, estéreo, cor, 4 : 3, loop; escultura, 36 × 20 cm
- Ações VB
- 18º Festival
- Outras conexões
Questionadas por Rehema em sua obra, as relações de raça e gênero são discutidas no pensamento de alguns ativistas e expoentes da crítica pós-colonialista como Homi Bhabha, Frantz Fanon, Steve Biko, Gayatri Spivak e Bell Hooks.
A artista cita ainda Thembinkosi Goniwe, curador e editor de Space: Currencies in Contemporary African Art, ao discutir o papel da arte na construção de outras narrativas históricas: "Os artistas estão [...] explorando outras maneiras criativas de reescrever suas histórias, identidades e desejos, na esperança de conseguir reordenar esses arranjos historicamente impostos e subjugadores." (2006)
Rehema se refere à um série de leituras, exposições e obras que apontam para o entendimento da diversidade na produção artística e cultural africana: 10 years, 100 artists: Art in a democratic South Africa (2004), editado por Sophie Prryer; Reading the Contemporary: African Art from Theory to Marketplace (1999), de Olu Oguibe e Okwui Enwezor; The Luggage is Still labeled: Blackness in South African Art (2003), vídeo de Vuyile Voyiya e Julie McGee; Olivida quien soy - Erase me from who I am (CAAM, Las Palmas, 2006), exposição de Elvira Dyangani Ose.
"As obras de artistas como Berni Searle, Minette Vari, Thando Mama, James Webb, Nandipha Mntambo, Indgrid Mwangi Robert Hutter e Maria Magdalena Campos-Pons estão entre as minhas principais referências", afirma Rehema.