Como eu fiz para entender o teatro + Abre-se a Floresta

2009
Nazareno Rodrigues
publicado em 09.07.2013
última atualização 17.12.2014

"Minhas principais referências, para ambos os trabalhos, são os contos de fadas e outros conteúdos da literatura infantil, o folclore, tradições populares, a infância (minha e dos outros), o mundo rural, as florestas e matas que já visitei, o teatro, os processos interpretativos, o mundo natural, a natureza humana, casas fechadas e...


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"Minhas principais referências, para ambos os trabalhos, são os contos de fadas e outros conteúdos da literatura infantil, o folclore, tradições populares, a infância (minha e dos outros), o mundo rural, as florestas e matas que já visitei, o teatro, os processos interpretativos, o mundo natural, a natureza humana, casas fechadas e desabitadas, as miniaturas, os brinquedos.

Acredito que o principal aspecto a ser ressaltado no meu processo criativo talvez seja a observação, ou seja, o tempo que as coisas levam para tomar forma ou corpo. Às vezes, isso pode tomar muito tempo, demorar mesmo. Em outras ocasiões, isso pode ser muito repentino. Em uma conversa ou um filme, na observação do cotidiano incontrolável, há o despertar para o trabalho, quase como se ele já existisse em mim. Em outras situações, a obra vai amadurecendo e, não raro, tomando novos contornos em sua formatação plástica.

Esses trabalhos estão em plena consonância com minha linguagem e os diversos aspectos de meu vocabulário visual, como a relação com o mundo infantil, a perspectiva do espectador à condição da criança, as estruturas narrativas, a utilização de procedimentos artesanais na manufatura dos distintos elementos que compõem os trabalhos. Está tudo ali.

Eu sou muito curioso. Com isso, quero dizer que me interesso por ‘tudo’: do cotidiano banal até aos mundos enciclopédicos e as recentes formas de transformação dos saberes, o redimensionamento das narrativas, os olhares, a percepção das possibilidades ocultas nos diálogos.

Tento dilatar ao máximo a minha capacidade de absorção do mundo e retrabalhar isso a partir de uma urgência pessoal e, portanto, afetiva, que me lança em direção a novos desafios na realização do meu trabalho."


Nazareno Rodrigues em depoimento à PLATAFORMA:VB (outubro 2013)


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Dados técnicos

Como eu fiz para entender o teatro (2009) | Nazareno Rodrigues
Objeto | Madeira, nanquim sobre papel, 160 x 50 x 60 cm

Abre-se a floresta (2012) | Nazareno ​Rodrigues
Objeto | Madeira, tecido, vidro, cerâmica, metal, plástico,122 x 40 x 110 cm

Detalhes de Como eu fiz para entender o teatro (2009) e Abre-se a floresta (2012) 

Depoimento Nazareno Rodrigues | 18º Festival

O artista fala sobre as duas obras que apresenta no 18º Festival. Segundo ele, ambas partem do conceito de caixa como unidade do espaço em escala humana

Ações VB
18º Festival
Anexos

Manual da Floresta, por Nazareno Rodrigues. [pt]
 

Num lugar não longe de você (2013), de Nazareno Rodrigues. [pt]

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