We are one

2009
LucFosther Diop
publicado em 09.08.2013
última atualização 09.01.2015

"Fico profundamente entristecido e sensível sempre que me deparo com qualquer situação de desequilíbrio. Em geral, é esse tipo de situação ou evento que desencadeia o processo criativo em mim.

Racismo, injustiça, propaganda política, escravidão, colonialismo, neo-colonialismo, imperialismo.

A aproximação...


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"Fico profundamente entristecido e sensível sempre que me deparo com qualquer situação de desequilíbrio. Em geral, é esse tipo de situação ou evento que desencadeia o processo criativo em mim.

Racismo, injustiça, propaganda política, escravidão, colonialismo, neo-colonialismo, imperialismo.

A aproximação que eu faço desses termos é metafórica. Trata-se de buscar estratégias visuais que me permitam expressar as influências e os impactos do neocolonialismo e do imperialismo, em particular, no continente Africano e no mundo.

De fato estes dois termos (neocolonialismo e imperialismo) possuem, literalmente, um denominador comum: a dominação. E dominar é submeter, é asfixiar. Sou particularmente sensível às questões, aos eventos que evocam este tipo de situação.

Em uma situação de asfixia, a única forma de sobrevivência é a resistência e a busca de formas e meios para reencontrar a afirmação, o equilíbrio e o oxigênio vital para seguir existindo. Essa é, basicamente, a metáfora onde me apoio. Minha motivação profunda é, portanto, concentrar-me na busca de estratégias poéticas que permitam reafirmar e arejar patrimónios culturais, históricos, urbanos, sociais, econômicos e geográficos ocultos.

A ideia por trás de We are one é demonstrar metaforicamente um experimento que evidencia a natureza das tensões, comunicações e resistências relacionadas às relações humanas. A metáfora por trás do movimento das mãos sugere que, para reinventar o humanismo, precisamos trazê-lo de forma horizontal e cotidiana à nossa vida social, cultural e política."


LucFosther Diop em depoimento à PLATAFORMA:VB (outubro 2013)


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Dados técnicos

We Are One (2009/2010) | LucFosther Diop
Vídeo | 5’38”, sem som, cor, 16 : 9, loop 

We Are One (2009/2010)

Depoimento LucFosther Diop | 18º Festival

Segundo o artista, as relações e os afetos são a chave para a compreensão da obra. Originado da sua experiência de imigração para a Holanda, o vídeo apresenta as contradições e dualidades dos laços entre seres humanos

7 Seconds (1994) | Youssou N'Dour & Neneh Cherry

Hands across the world | R. Kelly

 

 

Ações VB
18º Festival
Outras conexões

Images are not innocent (2013), obra do artista Alfredo Jaar (55ª Bienal de Veneza, 2013) [eng]

Anexos

Actualité du panafricanisme, Dominique Fontaine entrevista o artista (Africultures, jul. 2013) [fr]

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