"Como a maioria dos meus trabalhos, All the others (Todos os outros) foi concebido de maneira bastante espontânea. Eu não ensaiei a performance registrada na obra e tudo foi feito sem roteiro.
Eu sempre utilizei o ‘registro de performances’, cuja essência é a performance em si. Isso é muito diferente da videoarte dedicada somente à imagens, ao som e à luz. Gosto muito de narrativas ocultas e de esculturas performáticas.
Meus trabalhos são autobiográficos e esse, em particular, é resultado da minha experiência como estrangeiro vivendo na Europa. A obra lida com o isolamento que sinto de vez em quando.
All the Others é uma obra de reflexão para todos. Aquela pessoa [no filme] que aparece na escada poderia ser eu ou qualquer um de nós. Esse tipo de ‘diálogo reflexivo’ é gerado com frequência em minha produção artística.
Essa obra discute experiências individuais e coletivas. Essas experiências são, ao mesmo tempo, contemporâneas e históricas e, dentro delas, o trabalho lida com temas como status social, identidade, transculturalidade e representação. All the Others confronta tais questões com o silêncio; o silêncio visual de um indivíduo."
Hou Chien Cheng em depoimento à PLATAFORMA:VB (outubro 2013)