WA AKHIRAN MUSIBA

2017
Maya Shurbaji
publicado em 25.09.2019
última atualização 01.10.2019

Do meu ponto de vista, a política molda a vida pessoal. Tento escapar da tragédia coletiva recorrendo a uma tragédia pessoal e física, mas não consigo, porque está tudo conectado e, conforme você lida com a sua dor pessoal, se dá conta de que ela é parte de uma dor maior. Patriarcado, ditadura, operação, prisão...


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Do meu ponto de vista, a política molda a vida pessoal. Tento escapar da tragédia coletiva recorrendo a uma tragédia pessoal e física, mas não consigo, porque está tudo conectado e, conforme você lida com a sua dor pessoal, se dá conta de que ela é parte de uma dor maior. Patriarcado, ditadura, operação, prisão são temas centrais deste trabalho, At Last, que apresento na 21a Bienal, em que traço uma narrativa não linear que conduz o espectador a uma história trágica. 

Do ponto de vista da realização técnica do filme, devido ao contexto político da Síria não pude filmar na minha cidade, Damasco; por isso, utilizei arquivos pessoais para me referir ao passado ou à minha cidade. Mas é parte do meu conceito utilizar material de arquivo para falar da Síria e do passado, enquanto emprego filmagens de Beirute para falar do presente.

Nesse sentido, o tempo é um tema muito importante em meu filme: uso o presente para falar do passado, e visito o passado para falar do presente. Para mim, é um ciclo constante: o passado é presente e o presente é o passado. O tempo está passando, mas nada está acontecendo. Estou aprisionada. É por isso que não vejo um futuro, e é por isso que o futuro não está presente no meu filme.

Em depoimento à PLATAFORMA:VB


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Dados técnicos

2017 | Vídeo, 15’49’’

Ações VB
21ª Bienal
Outras conexões

"Qual o futuro de Damasco, uma cidade com indícios de uma morte brutal?". Gazeta do Povo, 2016. 

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