Em relação à pintura, devido às campanhas históricas do governo para reconhecer as populações de indígenas americanos, minha identidade cultural é muito importante para mim. Sou um produto da campanha de assimilação (e outros programas governamentais). O conteúdo das minhas obras reflete as perspectivas e entendimentos de um homem indígena norte-americano contemporâneo vivendo nos Estados Unidos do século XXI.
Sinto que meu trabalho oferece uma expansão das definições de arte indígena. Como artista formado segundo os princípios da arte moderna, participo da cena artística oficial como um artista indígena que trabalha além dos limites associados à expectativa tradicional sobre a arte indígena.
Esse movimento aparece no meu trabalho com a agitação emocional que senti ao testemunhar os acontecimentos na reserva Standing Rock, em 2016, pelas redes sociais (devido a problemas de saúde, não pude ir até lá). Falei também com muitas pessoas que estiveram nos protestos contra o Oleoduto de North Dakota no ano seguinte. A partir dessas informações, fiz esboços e criei nove pinturas para uma exposição individual em 2018, na Bockley Gallery, intitulada Jim Denomie, Standing Rock Paintings [Jim Denomie, Pinturas de Standing Rock]. Diversas dessas pinturas narrativas mostravam os ataques e táticas militares usadas pela polícia racista e por uma empresa de segurança privada contra manifestantes pacíficos e desarmados.
Em depoimento à PLATAFORMA:VB