LABORATORIO DE INVENCIÓN SOCIAL (O POSIBLES FORMAS DE CONSTRUCCIÓN COLECTIVA)

2018
Gabriela Golder
publicado em 25.09.2019
última atualização 01.10.2019

Somos imigrantes, trabalhadores, deslocados, mulheres, vítimas do terrorismo de estado. Quero escutar para aprender, para saber, para entender. Como fazemos para viver, para sobreviver? Quais são as estratégias? Os modos? Os relatos? Os temores? Quero aprender os ofícios, as forças, os movimentos. E, a partir disso, o próximo movimento é o que...


Leia mais +

Somos imigrantes, trabalhadores, deslocados, mulheres, vítimas do terrorismo de estado. Quero escutar para aprender, para saber, para entender. Como fazemos para viver, para sobreviver? Quais são as estratégias? Os modos? Os relatos? Os temores? Quero aprender os ofícios, as forças, os movimentos. E, a partir disso, o próximo movimento é o que nos leva a pensar como é possível uma construção diferente, coletiva, para pensar e fazer.

Laboratorio de Invención Social, meu trabalho na 21ª Bienal Sesc_Videobrasil, propõe-se como um espaço de encontro. Meu com os trabalhadores, desde já, mas, fundamentalmente, dos modelos cooperativos, de recuperação, de reocupação com outros grupos, comunidades e pessoas.

Como é possível resistir diante e dentro deste modelo depredador? O que podemos fazer? Quais são as ferramentas? O que os outros fizeram? O que nós fizemos?

Sim, os modos de produção recolhidos no Laboratorio propõem formas de resistência e luta. Todos podemos aprender com isso, e então fazer. Do contrário, não vamos poder sobreviver.   

O que emerge nesses testemunhos são as estratégias de sobrevivência, a criatividade nos modos de construção. Os trabalhadores que aparecem na obra não eram militantes políticos antes da recuperação da fábrica, não sabiam que isso era possível, nunca tinham ouvido falar das cooperativas.   

“Todos fazemos tudo, todos cobramos o mesmo”. Essa foi uma das primeiras frases que me disseram. Esse, sim, é um postulado revolucionário em momentos em que os governos de nossos países nos arrasam com a implementação de políticas de repressão, fome e aniquilação dos direitos conseguidos pelos trabalhadores, pelas minorias.

Quando comecei a entrar em contato com os trabalhadores de fábricas recuperadas, quando aprendi sobre as cooperativas, seus modos de funcionamento, senti que de alguma forma isso tinha que ser útil para outras comunidades, que temos que nos organizar para ser mais fortes e resistir. 

Em depoimento à PLATAFORMA:VB


Reduzir texto -
Dados técnicos

2018 | Videoinstalação em quatro canais

Ações VB
21ª Bienal
Comentários