#RESISTA

2018
Chameckilerner
publicado em 24.09.2019
última atualização 30.09.2019

#RESISTA faz parte de uma série (RESIST) que foi inicialmente criada para a Marcha das Mulheres, que aconteceu em janeiro de 2017, em Washington, e em várias outras cidades no mundo. A marcha foi concebida como resposta à eleição de Donald Trump à presidência dos EUA e suas posições ofensivas contra as mulheres, homossexuais e...


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#RESISTA faz parte de uma série (RESIST) que foi inicialmente criada para a Marcha das Mulheres, que aconteceu em janeiro de 2017, em Washington, e em várias outras cidades no mundo. A marcha foi concebida como resposta à eleição de Donald Trump à presidência dos EUA e suas posições ofensivas contra as mulheres, homossexuais e transgêneros, posições profundamente relacionadas a uma autonomia corporal.

Nesta instalação, damos a oportunidade ao espectador de tornar-se um participante/militante, unindo-se a esta “marcha imaginária”. Nossos corpos são sociopolíticos, por serem identificados, representados e absorvidos dentro dos parâmetros sociais e culturais de cada grupo específico: na causa feminina, a pélvis é literalmente o invólucro dos nossos órgãos de reprodução e, consequentemente, a arma perfeita para um protesto em relação à autonomia e aos direitos de procriação. Na causa LGBTQIA, a pélvis está no centro da controvérsia de identidade de gênero, não exercendo mais função absoluta de identificação.

#RESISTA é uma instigação auditiva, e vemos isso como uma ação social no imaginário, principalmente porque não envolve nenhuma ação imediata. No momento em que colocamos essa provocação num espaço público, ela já não pertence somente a nós. Diante da decisão de participar, o público passa a ser militante ativo, ou seja, com poder de julgamento, mas também participante necessário para que a peça exista dentro do espaço da 21ª Bienal, naquele momento. Apesar disso, sabemos que nem todos os ouvintes terão a iniciativa, o nível de conforto necessário para participar, ou mesmo a aceitação da prerrogativa. Acreditamos, porém, que o ouvinte passivo internaliza a obra, mesmo que a abandone sem finalizá-la. A “não participação” é uma participação ao inverso – o espaço negativo de uma imagem. Neste trabalho específico, o grande apelo reside não só no espaço, não destinado à dança, mas também no corpo não organizado para dançar.

em depoimento à PLATAFORMA:VB


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Dados técnicos

2018 | Peça Sonora; Aúdio em loop, 2'30

Trecho da performance #RESIST

Ações VB
21ª Bienal
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