JEGUATÁ: CADERNO DE VIAGEM

2018
Ana Carvalho, Ariel Ortega, Fernando Ancil, Patrícia Para Yxapy
publicado em 24.09.2019
última atualização 30.09.2019

As relações entre o Jeguatá e a nossa produção audiovisual foram nos surpreendendo muito durante o processo, porque o objetivo era compreender mais sobre o Jeguatá, e as conversas com algumas lideranças – assim como com outras pessoas importantes, como os mais velhos que estão lá, que já foram de alguma forma...


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As relações entre o Jeguatá e a nossa produção audiovisual foram nos surpreendendo muito durante o processo, porque o objetivo era compreender mais sobre o Jeguatá, e as conversas com algumas lideranças – assim como com outras pessoas importantes, como os mais velhos que estão lá, que já foram de alguma forma também lideranças da aldeia e hoje são nossos conselheiros –, isso foi essencial. 

 

A impressão que eu tive nesse percurso é que estamos deixando um pouco para trás pessoas tão importantes e começando a caminhar em direção a outro lugar, talvez sozinhos, sem eles. Mas acho importante para todos nós essa orientação dos mais velhos. Nós, jovens, estamos aprendendo coisas novas que os mais velhos não têm acesso, mas ao mesmo tempo é muito importante aprender com eles, pois existem muitas coisas para serem discutidas quando se fala da relação entre o conhecimento tradicional e o contemporâneo.


Durante a execução da escuta nesse trabalho, além dos acontecimentos do momento, nos foram contadas muitas histórias, então priorizamos nos ater a escutá-las, compreendendo melhor a narrativa que gostaríamos de estabelecer.

 

Resposta da Patrícia

Ao mesmo tempo, é complexo escrever sobre a relação dos povos não indígenas e o Jeguatá. A minha opinião sobre o projeto é que foi muito importante para nós, tanto por termos aprendido muito nas aldeias, tirando fotos, escutando as pessoas conversando dentro da aldeia. Mas também existe outro aprendizado, que para mim foi muito importante, que foi a convivência entre nós, autores.

 

Durante as viagens, tivemos diversas discussões importantes não só para o Jeguatá, mas também para os Guaranis, cujas aldeias também visitamos. Esse outro olhar trouxe um aprendizado sobre os modos de convivência. Acho que foi uma das coisas importantes nesse aprendizado, a convivência e a experiência durante o trabalho.

 

Não foi somente uma viagem sobre o Jeguatá, mas também uma viagem sobre amadurecimento. Um aprendizado sobre como chegar. Foi uma experiência nova também para a gente, de tocar em um assunto profundo e espiritual com pessoas não indígenas. Um desafio de conviver, de buscar esse significado do Jeguatá por meio dessa aproximação.

 

Resposta do Ariel.

em depoimento à PLATAFORMA:VB


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Dados técnicos

2018 | Instalação composta por três vídeos (17’, 20’ 17’) e objetos diversos

Outras conexões

PRADELLA, Luiz Gustavo Souza JEGUATÁ: O CAMINHAR ENTRE OS GUARANI, UFGRS, 2009

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