Bahia e Portugal + Lisboa, Porto Seguro

2013
Paulo Nimer Pjota
publicado em 21.09.2015
última atualização 21.09.2015

“Cresci em um contexto onde os problemas sociais e políticos me foram alertados através da cultura, da música, das artes visuais, da informalidade da prosa e do cotidiano. Desta forma, é inevitável que meu pensamento pictórico se paute em questões socioculturais. 

Me interesso desde sempre pela história dita menor. Com o uso do...


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“Cresci em um contexto onde os problemas sociais e políticos me foram alertados através da cultura, da música, das artes visuais, da informalidade da prosa e do cotidiano. Desta forma, é inevitável que meu pensamento pictórico se paute em questões socioculturais. 

Me interesso desde sempre pela história dita menor. Com o uso do termo menor me refiro a uma história que está à margem, à borda das grandes situações e dos tidos grandes acontecimentos. E meu trabalho lida essencialmente com a história. Com história e estória, seja ela de Roma ou do bairro, pois, para mim, essas experiências se cruzam.

Em minhas obras, tais questões se tornam visíveis quando o espectador se interessa em olhar o que acontece por trás das imagens, traçando paralelos e relações.” 


Paulo Nimer Pjota em depoimento à PLATAFORMA:VB (julho 2015)


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Dados técnicos

Bahia e Portugal, 2013 | Instalação
Lisboa, Porto Seguro, 2014 | Instalação
Paulo Nimer Pjota

Ações VB
19º Festival
Outras conexões

Referências que impulsionaram a criação dos trabalhos:
“É preciso ser um pintor através das próprias qualidades da pintura…é preciso usar materiais toscos”. Paul Cézanne

“A única  tarefa era enterrar as bananas nas covas, no meio de qualquer bananal abandonado, para deixar fermentando a urwagwa das próximas noitadas. Fomos ficando muito vagabundos. Não enterrávamos mais os cadáveres, não valia a pena…”  Uma Temporada de Facões - Relatos do genocídio em Ruanda (2003) - Jean Hatzfeld
 

“Quando um povo perde sua soberania, ficando submetido a outra cultura, perde pelo menos um pouco de sua autoconfiança e dignidade; perde o direito de se autogovernar; a liberdade de escolher o que mudar em sua própria cultura ou o que adotar ou rejeitar da outra cultura” História Geral da África. Volume V. África do século XVI ao XVIII (1992). Comitê Científico Internacional da UNESCO 
 

“Vivia longe dos homens, só se dava bem com animais. Os seus pés duros quebravam espinhos e não sentiam a quentura da terra. Montado, confundia-se com o cavalo, grudava-se a ele. E falava uma linguagem cantada, monossilábica e guttural, que o companheiro entendia…`As vezes utilizava nas relações com as pessoas a mesma língua com que se dirigia aos brutos – exclamações, onomatopeias. Na verdade fala pouco. Admirava as palavras compridas e difíceis da gente da cidade, tentava reproduzir algumas, em vão, mas sabia que elas eram inúteis e talvez perigosas”. Vidas Secas - Graciliano Ramos

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